De repente, até que provem o contrário, morre Teori Zavascki, juiz do Supremo e relator da lava jato, responsável por todas as demandas jurídicas que envolvessem denunciados com foro privilegiado, incluídos aí o presidente, seus ministros e centenas de parlamentares. Crises geram oportunidades, tragédias também, nesse sentido, Temer soube aproveitar, de uma cadeira fez duas, acrescentando a da justiça, para o supremo despachou um político filiado ao PSDB, para a Justiça trouxe um advogado crítico da operação lava jato e defensor de alguns dos acusados. Nesse momento, é difícil não notar a ausência dos movimentos contra a corrupção nas ruas das grandes cidades, numerosos apenas enquanto havia um governo do PT – agora nem se sabe se haverá PT. Por exemplo, na mesma situação, Dilma indica um jurista filiado ao PC do B para uma cadeira do supremo? Intervenção Militar Já, Moro Presidente, Aqui não é Cuba, diriam os manifestantes, assim batizados pela grande mídia. Sem contar que nessa semana Temer também alçou ao foro privilegiado um dos seus secretários envolvidos na lava jato. Enquanto a lava jato passa por seus maiores perigos, não há a tal da pressão popular, não era contra a corrupção, era cilada.
D.F.